SALGUEIROS
Eduardo B. Penteado
Que cada lágrima derramada no silêncio da distância
Se molde nos arcos de nossa ponte de pedra
Que atravessa um riacho turvo de insegurança
E abstinência.
Nossa ponte não toca as margens, e nem poderia,
Pois nunca tivemos começo nem fim
...e nem o tempo.
Gosto de contemplar a areia fina da ampulheta
Minha mais falsa amiga e infiel companheira
E rio,
Dançando a valsa do adeus sobre o parapeito de limo
Eu rio!
Chovendo a areia da verdade sobre a ponte do destino.
E entre risos, orquestras e árias, o silêncio:
Os salgueiros nos observam das margens, chorando
E sonhando:
Que cada instante de saudade vivido
Se traduza no primeiro momento de um regresso partido
E definitivo.
FARDO BIOGRÁFICO
Há uma semana
Um comentário:
06/11/2009 16:07 - Marcia Portella
De uma beleza ímpar poeta!.........
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