sexta-feira, 2 de maio de 2008

PASSOS

PASSOS
Eduardo B. Penteado


Sinto-me denso
Sinto-me absurdo
Tirem a mente de minhas mãos
Pois cada linha que escrevo
É um degrau a mais que desço
Rumo ao nada!

Do nada extraio nada
O nada trabalho com esmero
O nada moldo em desespero
Para obter o nada perfeito

Hesitação.

Passo a passo, sem corrimão
Enxergo nada na escuridão
Mas sinto o peso, e desço mais
Caminho tenso, sem olhar para trás
Não posso parar,
Senão me tiram a escada
Então cairei, mergulhando no nada.

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