quinta-feira, 1 de maio de 2008

ALGURES É LONGE DAQUI

ALGURES É LONGE DAQUI
Eduardo B. Penteado


Inocência, olha eu aqui
Não vais te lembrar de mim
Não vai ser tão fácil assim
Hoje te vi nos olhos dela
Mas ela piscou e te escondeu
Inocência, olha eu...
Cético, cínico e trintão...
Totalmente entregue à paixão!
Inocência, por que não?
Eu sabia que seria assim
Uma ânsia sutil e sem fim
Um brado em meio aos escombros...
Inocência, não me dê de ombros
Não finja que eu não estou aqui!
Ela não está aqui.
Algures, à esquerda de nenhures
Dobra a esquina,
Sem ponto de referência
Ah, se não fosse a inocência!!!
Se não fosse a inocência, achar-me-ia ridículo
Por mesoclisar este poema feio
Mas eu não chamei
E ela não veio
E olha que tudo que eu quero
Não é um beijo, é um abraço
Depois, verei o que faço
Enquanto encosto de leve os lábios
Em sua nuca preciosa
E ouso ler a primeira página
Da linda fábula misteriosa...

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