sexta-feira, 2 de maio de 2008

COBERTAS

COBERTAS
Eduardo B. Penteado



Onde estás, pergunto-me...
Em casa, sonhando com gozos de mel
Ou gozando sob o fardo bonito de um estranho
Sob as cobertas de um sujo... motel?

Só quis saber...
Não sei se te amo ou odeio,
Meu amado ex-amor
Não sei se revelo o meu tolo dilema
Ao impassível mundo exterior
Nem sei se passo em frente onde moras
E vivo o meu mais profundo temor
Teu beijo numa boca ao acaso
Tuas juras de tesão, seja a quem for
Queria, ao léu, encontrar tua substituta
Nem que fosse, talvez
Na mais barata prostituta
Devassa, sem limites e insaciá...
Não, isso seria improvável!
O que sinto por ti dá de dez no sexo
Rimando pobre, teria muito pouco nexo
Gozar em outro corpo, outra boca, outra alma
Que não fosse naquela louca calma
Que encontro nas profundezas de ti, meu amor.

Um comentário:

Aneyde Couto disse...

Ca...ce...ta... Você lê sentimentos, menino arteiro!