quinta-feira, 1 de maio de 2008

PERDÃO

PERDÃO
Eduardo B. Penteado


Não posso ver-te, sob pena de uma velha dor
A dor que tua redoma em mim provoca
Inatingível!
Caminhei muito e para longe
Somente para encontrar-te na direção oposta
Ah, como eu jurei...
Jurei nunca mais dedicar a ti minha poesia
Jurei que nunca te amei
Jurei...
Oi.
Sei que andas linda
E quiseras não ter-me feito sofrer
Segurei tua mão ontem, e lembrei que és...
Algo escapou da mais profunda masmorra
E foge rumo à superfície
Os portões explodem, e o Algo avança
Por que insistes em ficar tão perto de mim?
Inatingível, é o que és...
Dona de uma crueldade indômita e bela
Melhor nem mencionar teus olhos, pois...
Pedi-te para não me encarares e desobedeceste
Por quê?
Pediste perdão.
Aqui tens Algo parecido.
Ou não...

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